quinta-feira, 21 de julho de 2011

Amanhecer

Eu queria fazer algo.

Queria levá-la para ver o verde dos jardins da paixão.
O azul do céu da alegria.
Pra mergulhar no rio da cumplicidade e da compaixão.

Mas quando o céu escurece,
Os jardins se tornam sombrios,
E o rio se agita ferozmente,
Tu foges, com medo.

Eu tento segurar-te, por mais algumas horas.
Pois o que não sabes, é que pela manhã,
Os jardins nascem ainda mais verdes, os animais mais alegres,
O céu mais azul e limpo,
O rio mais calmo e sereno.

Mas não consigo.
Me sinto impotente...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Socorro.

A culpa é minha, eu sei.
Por botar os meus problemas nas suas costas.
Esperar que tudo se resolva com seu sorriso.
Antes fosse fácil assim.
Eu estou perdido e agonizando.
Gritando e pedindo socorro.
Mas quem pode me ajudar?
Por favor, me jogue uma corda,
ou uma bomba.

domingo, 19 de junho de 2011

Esperança.

Se eu ainda consigo me pegar pensando na vida e rindo sozinho...
É porque ainda há esperança.

Ela não sabe...

Quem não sabe o que é saudade,
não sabe a dor que eu sinto,
quando a vejo partir
e repartir meu peito.

Quem não sabe o que é saudade,
não sabe o imenso prazer
que é vê-la sorrir e correr
de volta em minha direção.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Louca

Eu quero toda sua maluquice, sua insensatez
seu delírio, sua nudez
seu corpo quente, forte, frio e fundo
quero suas manias, seus jeitos e costumes
quero ser eu e quero ser você
te quero aqui e quero agora
antes que passe o tempo, nossa hora
antes que o vento sopre nossa vela e apague nosso fogo
quero o de sempre, o velho e o novo
quero você, louca, como só você.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Os caminhos do acaso

Entre brincadeira e sorrisos, um desejo
Num acaso e imediato, eu te vejo.

A companhia inevitável, irrefutável
Temos tempo e temos pressa

Pressa pra viver, calma para amar,
tempo pra saber, amor para dar

Tão natural como sutil, aconteceu
Seu rosto, seus cabelos, me fascinaram.

A companhia inevitável, irrefutável
Temos tempo e temos pressa

Pressa pra viver, calma para amar,
tempo pra saber, amor para dar

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O futuro é uma caixinha de surpresas...

Falta um dia para o dia mais surpreendente;
Faltam alguns segundos pro momento mais instigante.

O futuro, meus caros, é uma caixinha de surpresas...

domingo, 29 de maio de 2011

Eu errei.

Eu errei, sim, eu sei
No caminho que escolhi eu tropecei
Te feri, mas voltei

E hoje eu já não sei o que dizer
Palavras não parecem responder
Amar é bem mais simples que escrever

Mas o mar já não parece tão distante
O muro vai caindo a cada instante
E eu já não sou mais tão inconstante

Agora, me diga
que estamos bem
Deixa o medo de lado,
que temer é estar sempre atrasado

Deixa ele e vem.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Amizade


I


Eu o via como uma pessoa especial. E ele era.
Éramos confidentes e próximos, mesmo se estivéssemos distantes.
Nossos relacionamentos fluíam – eu com meus namorados, ele com suas namoradas – começando e terminando, num processo cíclico tão comum, mas que poucas vezes era observado por terceiros tão de perto.
Desabafei diversas vezes, mostrei o que de mais profundo e pessoal há em minha personalidade, sem me preocupar, pois sabia que ele entenderia.
E o inverso também aconteceu.
Eram momentos que me faziam feliz. Saber que havia alguém no mundo com quem eu pudesse contar mesmo nas horas mais tristes, e estar ali incondicionalmente presente, para o que ele precisasse.
E não eram só esses momentos que me deixavam feliz, mas saber que eles poderiam existir já era o suficiente. Me fazia enxergar a vida de uma maneira mais bonita. Dava um sentido a tudo isso.
Passavam-se anos, e cada vez mais o sentido da palavra amizade – e conseqüentemente do amor, no aspecto mais amplo - se tornava claro. Eu queria poder ajudar quando ele precisasse e não haveria recompensa maior do que vê-lo sorrir.
Algo me dizia que ele também sentia isso por mim e por isso ele era especial.
Pessoas especiais são aquelas que te consideram especial.

II

Um dia eu me vi precisando de ajuda. O tipo de ajuda que ele sempre prestava. Porém dessa vez eu não podia contar com ele.
Ele era a única pessoa da qual eu podia pedir esse tipo de ajuda – sentimental, amorosa – e se ele não podia me ajudar, eu me sentia desolada.
Era exatamente assim que eu me sentia.
Desolada.
Acabada.
Ele com certeza saberia a coisa certa a me dizer. Mesmo que não fosse consolador, seria a verdade. Abriria meus olhos.
Às vezes nos apaixonamos pela pessoa errada e era ele quem me fazia enxergar quando isso me acontecia.
Às vezes nos apaixonamos por alguém e perdemos a noção da realidade. Fazemos coisas estúpidas. E ele sempre me alertava quanto a isso.
Mas não dessa vez.
Eu não podia me abrir, não podia confessar.
E isso me torturava. Não estava acostumada a não ter com quem contar. Às vezes ele me perguntava o que me afligia e eu não era capaz de dizer. Disfarçava, inventava alguma coisa, mudava de assunto. Talvez ele nem desconfiasse.
E quando ele não estava por perto eu me pegava pensando nele.
Pela primeira vez eu esperava receber algo dele que não fosse apenas um sentimento puro e sincero.
Eu queria tê-lo e ser dele.
E queria principalmente que ele soubesse disso.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Apatia

E esse sentimento de apatia, que nunca sai de mim?
Não to nem ai, nem aqui.
Vontade de tudo, força pra nada.
Não to gostando nem achando ruim.
Anestesia geral.

Já não sei mais o que me move.

domingo, 15 de maio de 2011

Sexta...

Num amanhecer chuvoso,
onde a força foi deixada para trás,
nada mais me inspira, nada expira.
Um café cairia bem, pra animar a alma,
mas não sem um cigarro e o cigarro agora é evitado.
Sem calor, sem inspiração e sem cigarro.
Mas que bela merda de situação.
E a música? Ah, a música deprime qualquer um...
Volta a chuva, volto à chuva:
-Será que vai estar chovendo à noite?
Hoje é sexta...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para Dandi

I

Podem jogar pedra.
Podem falar merda.
Podem rogar praga.
Podem rezar para,

tudo dar errado.

Podem rogar praga.
Podem rezar para,

tudo dar errado.

II

Porque a verdade há de se revelar.
Prezando por quem, sem querer, foi errar,

mas pode consertar, mas vai consertar.

sábado, 30 de abril de 2011

Eu matei metade de mim.

Eu matei metade de mim.
Na ilusão de ser maior,
tornei-me menor,
mais fraco,
mais frágil.

Agora ando torto,
desequilibrado.
Não me encaixo,
e nem quero encaixar.
Quero matar a metade que matou.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quando eu acordar...

Ah, onde você vai estar,
quando eu acordar?
Onde você vai estar?

Ah, você vai me esperar?
Vai dizer,
que o meu sonho te inspirou,
a fazer,

tudo que sempre quis?
Tudo que eu te impedi?
Você foi feliz?

Ah, onde você vai estar,
quando eu acordar?
Onde você vai estar?

Ah, você vai me esperar?
Vai dizer,
que o meu sonho te inspirou?

Você vai lembrar de mim?
De tudo o que eu te falei?
Vai ser a mesma pessoa
que um dia eu enganei?
Vai dizer que me perdoa?
Quando eu acordar...